Fanfic

Braulio Tavares
Patuá Editora
168 páginas
Lançado em 2019

Toda literatura nasce tanto da vida quanto da própria literatura, de modo que não acho que esteja exagerando quando chamo de fanfic esse conjunto de contos escritos como resultado da leitura de histórias alheias.

É dessa forma que o escritor Braulio Tavares recebe o leitor em sua mais recente coletânea de contos, Fanfic.  O termo fanfic é uma abreviação de fan fiction, que são histórias escritas por fãs utilizando personagens e lugares de histórias já existentes. Tavares usa o termo, aqui, para designar a influência que outras obras da literatura tiveram na escrita de seus contos. Porém, ao ler as vinte e duas narrativas que compõem o livro, a impressão que fica é que são menos uma fanfic e mais uma homenagem, ou paródia.

Isso é muito evidente no conto curto que abre a coletânea: Finegão Zuêra. Aqui, Bráulio Tavares recria o estilo experimental de James Joyce em Finnegan’s Wake (1939). Nele, Joyce se utilizou largamente de neologismos, fusão de palavras, fluxos de consciência e períodos longuíssimos, para buscar uma multitude de significados e interpretações. Não à toa, é considerada uma das narrativas mais difíceis de ser traduzida na história da literatura.

O que Bráulio Tavares faz aqui parece ser uma homenagem, criando um conto curto em que descreve o quarto de um tal Trupizupe utilizando as mesmas técnicas de Joyce:

(…) ali naquele quarto que de dia cheirava a bicho morto e de noite cheirava a bicho vivo, inabitável e não-repartível como o próprio Trupizupe, indevassável e invisível como a casinha de Snoopy, quártico que malcheirava como o diabo, como o Cão, como um cão, como um canil, como um canino com cárie até o canal, como o dente mais ruim da arcada mais ruína de toda a Boca do Lixo!

Porém, esse conto não é nada como os outros vinte e um de Fanfic. Até, na verdade, podemos dizer que nenhum dos contos deste livro é igual aos outros, dada a originalidade de temas, situações e estilos pelos quais o autor transita de uma narrativa para a próxima. Haxan, por exemplo, é um conto longo que imagina um futuro distópico em que hologramas se tornaram realistas a ponto de influenciarem o mundo à sua volta, enquanto Concerto Noturno acompanha um desconhecido pianista durante uma caminhada, bêbado, em uma cidade sem nome do leste europeu. O conto mais longo do livro, O Molusco e o Transatlântico, é uma estranha space opera que também apareceu na coletânea Fractais Tropicais (2018).

Há apenas um fator que une todas as histórias de Fanfic: a disposição ao insólito. Por mais realista ou introspectiva que a narração de alguns contos possa parecer a princípio, o leitor pode ter certeza que em algum momento ela irá invadir o (ou ser invadida pelo) universo do fantástico e da ficção especulativa. E não é à toa: Braulio Tavares é uma das grandes autoridades nacionais na produção e pesquisa da ficção fantástica e da ficção científica. Além de já ter outros livros de contos, poemas, e um romance publicados, mantém grande parte de sua produção no blog Mundo Fantasmo, e participou da Flip de 2019, na mesa Santo Antônio da Glória, junto da escritora argentina Mariana Enriquez.

Apesar de contar com narrativas de diferentes tamanhos (todas excelentes), a escrita de Bráulio Tavares, nesta coletânea, parece brilhar com muito mais força nas narrativas mais curtas. Nelas, devido à concisão e ao recorte escolhido pelo autor, o fantástico se deixa apenas entrever na história, e as lacunas propositais são preenchidas pela imaginação do leitor (terreno fértil para tudo que foge à realidade).

É o caso, por exemplo, de O Polvo, em que um cefalópode se encontra no meio de acontecimentos insólitos em um laboratório inglês de biologia marinha. O mesmo vale para Vale da Maldição, em que uma sociedade tribal se depara com um estranho objeto metálico de grande poder. E, em um dos contos mais originais e divertidos, Sete Ovnis, em que nos apresenta uma lista de sete encontros de diferentes pessoas com os tais objetos voadores. A homenagem, aqui, parece ser às obras cômicas de Douglas Adams, pois a graça fica por conta da reação de alguns desses personagens durante esses encontros:

Terzio Pastore, 61 anos, Ravena, passou mais de dez anos frequentando uma colina próxima à fazenda onde vivia, colina esta que se dizia ser frequentada por extraterrestres, e a única coisa estranha que viu em todo esse tempo foi uma gigantesca forma metálica quadrada, maior que a colina, elevando-se ao céu por trás dela, mas como não correspondia à forma de um disco ele decidiu não levar em consideração, e nada publicou.

Bráulio Tavares tem atuado há quase trinta anos no campo da ficção fantástica e ficção científica, e sua bagagem literária se mostra com toda força neste Fanfic por meio das influências e das homenagens. Porém, acredito, sua influência e sua prosa têm tanta força e originalidade que outras fanfics também aparecerão (se é que já não apareceram) no panorama da ficção especulativa brasileira, prestando homenagem às suas obras.

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Ivan Nery Cardoso é escritor e tradutor, autor da coletânea de contos Cães noturnos, em processo de publicação.

[ Resenha publicada originalmente no portal Porco Espinho. ]

Fanfic

Fanfic

Braulio Tavares
Patuá Editora
168 páginas
Lançado em 2019

Não é de hoje que o consenso vem dizendo que Braulio Tavares é um dos escritores mais criativos, prolíferos e versáteis de nossa literatura. Percebi isso logo na primeira vez em que visitei o superblogue Mundo Fantasmo, vasto território que abriga uma quantidade imensa de ensaios, artigos, contos, crônicas e resenhas surpreendentes, sobre todos os assuntos.

Esse paraibano radicado no Rio de Janeiro também faz parte do pequeno time de escritores de altíssimo nível que há três décadas vem impulsionando a ficção científica e a ficção fantástica brasileiras, com narrativas de qualidade inquestionável.

Agora, uma pequena parte da grande produção de Braulio Tavares foi reunida nesta coletânea de espantos e epifanias, batizada com um título inusitado: Fanfic.

São vinte e duas ficções (contos e minicontos) em que nossa cotidiana noção de realidade é posta em xeque, das mais variadas maneiras. Muitas vezes com um bem-vindo toque de humor e irreverência.

A cultura enciclopédica do autor promove nesta coletânea − e praticamente em toda a sua obra − um casamento virtuoso entre o pop e o erudito.

A ciência e a tecnologia mais espantosas estão a serviço da fantasia e do insólito poéticos, quase sobrenaturais, ecoando a célebre lei de Arthur C. Clarke: “Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de magia.”

Conectados à concretude abstrata de um alien, um videogame, uma droga da inteligência, uma viagem interestelar, um experimento paranormal ou um excêntrico sonho lúcido, os protagonistas desses contos e minicontos se perdem − às vezes por puro acidente − nos labirintos e nas mandalas da linguagem e da consciência.

Durante o breve tempo da leitura, essas ficções abrem e atravessam, por meio da hiperatividade biotecnológica, as delirantes portas da percepção anunciadas por William Blake e Aldous Huxley. Ou da gloriosa máquina do mundo de Camões e Drummond.

Mas o que há do outro lado das portas da percepção? De acordo com as narrativas de Braulio Tavares, há um sem-número de outras portas, cada uma mais misteriosa do que as outras, guardando um sem-número de interrogações. Cada vez que um mistério é investigado e desvendado, outros brotam em seus interstícios, multiplicando nosso espanto e nossa ignorância.

Um bom exemplo desse fenômeno fractal é a narrativa mais longa da coletânea, intitulada O molusco e o transatlântico. Um astronauta brasileiro que pesquisa a telecinese − capacidade de mover os objetos apenas com a força do pensamento − é sequestrado de uma estação espacial por aliens, que dispensam os outros humanos da equipe internacional, ficando apenas com o brasileiro.

Por mais que o astronauta colabore e tente dialogar com seus sequestradores, tudo o que ele consegue são abstrações simbólicas e reflexos distorcidos num espelho sensorial. A interface entre ele e os aliens é um rosto humano sintético, sem corpo, brilhando no escuro e falando através de uma voz digital: “Eu sou o seu Interlocutor. Você foi convocado para trabalhar para nós.”

Fanfic é uma coletânea feita de camadas e sobreposições, em que a ficção científica e a ficção fantástica extrapolam qualquer limite de gênero. Sobre o inusitado título do livro, o autor escreveu:

A palavra fanfic é uma abreviação de fan fiction, e se refere à ficção escrita por fãs de um autor ou conjunto de autores, utilizando, sem pedir autorização, elementos criados por eles. (…) Toda literatura nasce tanto da vida quanto da própria literatura, de modo que não acho que esteja exagerando quando chamo de fanfic esse conjunto de contos escritos como resultado da leitura de histórias alheias.

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Luiz Bras é ficcionista e ensaísta, autor de Distrito federal, entre outros livros.

Páginas do futuro

Páginas do futuro

Seleção e apresentação de Braulio Tavares
Ilustrações de Romero Cavalcanti
Editora Casa da Palavra
152 páginas
Lançado em 2011

Qual a cara da ficção científica brasileira? Quem são seus principais escritores no território nacional? Em que pé ela se encontra hoje?

Sem a pretensão de dar uma resposta definitiva para estas perguntas, ou mesmo constituir um cânone literário nacional, o escritor e especialista no tema, Braulio Tavares, no ano de 2011 reuniu alguns dos mais representativos contos produzidos por estas bandas.

Desde Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), passando pelo modernista Oswald Beresford (?-1924), e chegando até o camaleônico Luiz Bras (1966), são quase cento e cinquenta anos de produção literária, que permitem reconhecermos uma trajetória muito bem consolidada para o gênero no país.

Ao longo de todos os contos, percebemos que estilos e temas variam entre os vários escritores brasileiros. Mesmo assim, segundo o organizador da coletânea, duas tendências parecem ter se configurado de forma definitiva: a que trata de um espaço selvagem e a ficção de caráter mais utópico e satírico.

Através da leitura fica fácil percebermos isso ao notarmos que as duas vertentes citadas nem sempre estiveram tão distantes uma da outra. A união entre elas ocorreu com certa frequência, fosse de maneira esporádica, fosse se aproximando de forma quase simbiótica. Um casamento feliz, que traria momentos ricos para os textos, como podemos notar, por exemplo, no conto de Raquel de Queiroz.

Logo, fica claro que o riso tropical, em um futuro pós-humano, se apresenta como uma das marcas que balizam a ficção científica nacional, contrastando com um caráter mais duro quando comparada com outras correntes, como aquelas desenvolvidas com maestria no mundo anglo-saxão.

Ora, se entre ingleses e americanos o pessimismo e uma certa visão apocalíptica delineiam enredos, por outro lado um certo olhar crítico-mordaz sobre nosso futuro-presente parece estar sempre ali na ficção científica à brasileira. Uma suposição para isso: talvez a herança lusitana (sem a melancolia que caracteriza os portugueses) de criticar tudo e todos. Outra: o retrato das contínuas instabilidades políticas e dos surtos econômicos pelos quais o Brasil de tempos em tempos atravessa. Em suma, uma questão ainda em aberto.

De qualquer forma, os doze escritores reunidos permitem constatarmos que na ficção científica brasileira existe uma busca constante pela leveza nos assuntos tratados. Os conteúdos insólitos e distópicos são apresentados em todos os contos com uma prosa fluída, que prende a atenção do leitor do começo ao fim.

Ao mesmo tempo, na obra, notamos uma paisagem ficcional por demais masculina, onde conflitos e temas do mundo do homem são o contexto, o pano de fundo das histórias. A presença de apenas duas autoras mulheres (Rachel de Queiroz e Finisia Fideli) parece mais como uma tentativa de escapar destes enfoques. Interessante notar que, no texto de Finisia, aspectos da religião oriental contemporânea aparecem como fio condutor de sua trama, o que a aproxima dos leitores atuais. Talvez esteja aí um dos desafios para uma futura nova coletânea. Encontrar vozes femininas, mas também da comunidade LGBT, com contextos religiosos variados, que ampliem o escopo multiétnico e multivocal da ficção científica.

Por fim, como uma sugestão para o leitor, proponho uma pequena brincadeira. Em todo início de conto, Braulio Tavares apresenta uma pequena biografia do escritor, que permite situar a obra no tempo e no espaço. Sugiro que não leia e parta direto para o conto. Tente imaginar, ao final da leitura, se você consegue situar cronologicamente o período de produção do conto. Depois, monte uma tabela com sua tentativa e compare com o sumário. Alguns serão facilmente datados, outros nem tanto. Se tiver tempo, mande o resultado por e-mail, para vermos como você se saiu.

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Tobias Vilhena é arqueólogo e ficcionista, e um dos autores da coletânea Eros ex machina, sobre robôs sexuais.

A espinha dorsal da memória & Mundo fantasmo

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Braulio Tavares
Editora Rocco
256 páginas
Lançado em 1996

O trabalho de estreia de Braulio Tavares na ficção foi um pequeno texto chamado Os pensadores de São Tiago, publicado em 1986 no número 11 do fanzine Hiperespaço, uma edição especial de contos. Na sequência, Tavares tornou-se colaborador regular do Somnium, boletim do Clube de Leitores de Ficção Científica, com contos que posteriormente formaram a coletânea A espinha dorsal da memória. Publicada em 1990 pela editora Caminho, de Portugal, essa reunião de ficções recebeu o Prêmio Nova de melhor livro de autor brasileiro naquele ano. A edição nacional saiu em 1996, pela editora Rocco, acrescida da coletânea inédita Mundo fantasmo.

A espinha dorsal da memória é formada por doze contos que ajudaram a consolidar a identidade da geração conhecida como Segunda Onda da Ficção Científica Brasileira, entre eles Sympathy for the devil, ganhador do Prêmio Nova em 1989, História de Maldum, o mensageiro, que deu origem ao romance A máquina voadora (Rocco, 1994), e Príncipe das sombras, história de invasão alienígena que vai da ficção científica hard à space opera e ao cyberpunk, num passeio completo pelo gênero. Sem esquecer de Mestre-de-armas, conto vencedor do Prêmio Nova em 1990, considerado por muitos seu melhor trabalho.

Destaque para o curtinho Mare tenebrarum, que relata um drama infelizmente muito comum no Brasil: um temporal, a água entrando pela casa, cobrindo móveis e destruindo a realidade de uma família pobre, mas… e se a enxurrada fosse forte demais?

Girando o livro de ponta-cabeça e lendo de trás para frente está Mundo fantasmo, que, abrindo com uma epígrafe tirada do Grande sertão: veredas (“E vi o mundo fantasmo”), apresenta mais sete histórias inéditas até então. Oh Lord, won’t you buy me é praticamente uma homenagem ao fã brasileiro de literatura fantástica, sempre em busca de mais e mais livros pelos sebos da cidade. É impossível não se identificar com o personagem que se encontra com Deus em pleno metrô paulistano.

Mais homenagens em Exame da obra de Giuseppe Sanz, história de um escritor de sucesso que produzia suas obras dissecando trabalhos alheios e revestindo-os com uma figuração moderna. E não é o que os autores fazem o tempo todo?

História de Cassim, o peregrino, e de um crime perfeito que Deus castigou é uma espécie de sequência à História de Maldun, o mensageiro, menos assustadora mas igualmente deliciosa, na qual um homem relata aos seus companheiros de bebida um intrigante conto de amor, traição e imortalidade.

Tavares também experimentou a forma literária em Expedição às profundezas do oceano, história de horror urbano contada no único parágrafo de um relatório policial. Mas o conto mais surpreendente dessa ótima coletânea é E assim destruímos o reino do mal, no qual um guerreiro obcecado pela destruição do mal sobre a Terra acaba por tornar-se o próprio coração da maldade.

Cada história é a passagem para uma realidade diferente, repleta de sense of wonder, que, no final das contas, é o que faz de todos nós fãs da ficção fantástica e científica.

Cesar Silva é pesquisador e um dos editores do Almanaque da Arte Fantástica Brasileira.

Os livros brasileiros de ficção científica mais importantes

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Com o propósito de compor uma bibliografia básica da ficção científica brasileira, endereçada a qualquer leitor ou escritor que não conheça nada dessa tradição com mais de um século de existência, provoquei vários colegas de ofício com a seguinte pergunta:

Em sua opinião, quais são os cinco livros brasileiros de ficção científica mais importantes?

As indicações abaixo começam a desenhar o paideuma da FC brasuca. Mas esse resultado é parcial, pois a enquete ainda não terminou. Se você não enviou sua lista, agora é a hora.

Alvaro Domingues
1. Piscina Livre, de André Carneiro (1980)
2. A cidade perdida, de Jeronymo Monteiro (1948)
3. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
4. Páginas do futuro, organização de Braulio Tavares (2012)
5. O grito do sol sobre a cabeça, de Brontops Baruq (2012)

Ana Cristina Rodrigues
1. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
2. O doutor Benignus, de Augusto Emílio Zaluar (1875)
3. Eles herdarão a Terra, de Dinah Silveira de Queiroz (1960)
4. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
5. A lição de anatomia do temível dr. Louison, de Enéias Tavares (2014)

Ana Lúcia Merege
1. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
2. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
3. Os dias da peste, de Fábio Fernandes (2009)
4. Dieselpunk, organização de Gerson Lodi-Ribeiro (2011)
5. O esplendor, de Alexey Dodsworth (2016)

André Cáceres
1. Histórias do acontecerá, organização de Gumercindo Rocha Dórea (1961)
2. Santa Clara Poltergeist, de Fausto Fawcett (1991)
3. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
4. Distrito federal, de Luiz Bras (2014)
5. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)

Ataíde Tartari
1. Páginas do futuro, organização de Braulio Tavares (2012)
2. Todos os portais, organização de Nelson de Oliveira (2012)
3. O fruto maduro da civilização, de Ivan Carlos Regina (1993)
4. A máquina de Hyeronimus, de André Carneiro (1997)
5. Estranhos contatos, organização de Roberto de Sousa Causo (1998)

Braulio Tavares
1. As noites marcianas, de Fausto Cunha (1960)
2. Histórias do acontecerá, organização de Gumercindo Rocha Dórea (1961)
3. Além do tempo e do espaço, organização de Álvaro Malheiros (1965)
4. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
5. O vampiro de Nova Holanda, de Gerson Lodi-Ribeiro (1998)

Brontops Baruq
1. Diário da Guerra de São Paulo, de Fernando Bonassi (2007)
2. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
3. Sozinho no deserto extremo, de Luiz Bras (2012)
4. Caçador de apóstolos, de Leonel Caldela (2010)
5. O homem fragmentado, de Tibor Moricz (2014)

Bruno Anselmi Matangrano
1. Páginas do futuro, organização de Braulio Tavares (2012)
3. O doutor Benignus, de Augusto Emilio Zaluar (1875)
2. A lição de anatomia do temível Dr. Louison, de Enéias Tavares (2014)
4. As águas-vivas não sabem de si, de Aline Valek (2016)
5. A República 3000, de Menotti del Picchia (1930)

Caio Bezarias
1. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
2. Fome, de Tibor Moricz (2008)
3. Fábulas do tempo e da eternidade, de Cristina Lasaitis (2008)
4. Os melhores contos brasileiros de ficção científica, organização de Roberto de Sousa Causo (2007)
5. O alienista, de Machado de Assis (1881)

Carlos Angelo
1. Projeto Evolução, de Henrique Villibor Flory (1990)
2. Linha terminal, de Jorge Luiz Calife (1991)
3. Horizonte de eventos, de Jorge Luiz Calife (1986)
4. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
5. Fuga para parte alguma, de Jeronymo Monteiro (1961)

Carlos Orsi
1. Intempol, organização de Octavio Aragão (2000)
2. Histórias de Carla Cristina Pereira, de Gerson Lodi-Ribeiro (2012)
3. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
4. Piscina Livre, de André Carneiro (1980)
5. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)

Cesar Silva
1. O alienista, de Machado de Assis (1881)
2. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
3. O doutor Benignus, de Augusto Emilio Zaluar (1875)
4. Tangentes da realidade, de Jeronymo Monteiro (1969)
5. Diário da nave perdida, de André Carneiro (1963)

Claudia Dugim
1. Sankofia, de Lu Ain Zaila (2018)
2. Fábulas do tempo e da eternidade, de Cristina Lasaitis (2008)
3. O esplendor, de Alexey Dodsworth (2016)
4. A torre acima do véu, de Roberta Spindler (2014)
5. Solarpunk, organização de Gerson Lodi-Ribeiro (2012)

Cláudia Oliveira
1. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
2. As cidades indizíveis, organização de Fábio Fernandes e Nelson de Oliveira (2011)
3. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
4. Universo desconstruído, organização de Lady Sybylla e Aline Valek (2013)
5. Eles herdarão a Terra, de Dinah Silveira de Queiroz (1960)

Davenir Viganon
1. Santa Clara Poltergeist, de Fausto Fawcett (1991)
2. A lição de anatomia do temível Dr. Louison, de Enéias Tavares (2014)
3. Os dias da peste, de Fábio Fernandes (2009)
4. O alienista, de Machado de Assis (1881)
5. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)

Dorva Rezende
1. A espinha dorsal da memória / Mundo fantasmo, de Braulio Tavares (1996)
2. Piscina Livre, de André Carneiro (1980)
3. Comba Malina, de Dinah Silveira de Queiroz (1969)
4. Tempos de fúria, de Carlos Orsi (2005)
5. A Terceira Expedição, de Daniel Fresnot (1987)

Fábio Fernandes
1. Santa Clara Poltergeist, de Fausto Fawcett (1991)
2. Piritas siderais, de Guilherme Kujawski (1994)
3. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
4. Zigurate, de Max Mallmann (2003)
5. A Terceira Expedição, de Daniel Fresnot (1987)

Gerson Lodi-Ribeiro
1. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
2. Os dias da peste, de Fábio Fernandes (2009)
3. Guerra justa, de Carlos Orsi (2010)
4. E de extermínio, de Cirilo Lemos (2015)
5. O esplendor, de Alexey Dodsworth (2016)

Gianpaolo Celli
1. Antologia FCdoB 2006-2007, organização de Pedro Rangel (2007)
2. Portal Solaris, organização de Nelson de Oliveira (2008)
3. Retrofuturismo, organização de Romeu Martins e Gianpaolo Celli (2012)
4. A mão que cria, de Octávio Aragão (2006)
5. Fábulas do tempo e da eternidade, de Cristina Lasaitis (2008)

Ivo Heinz
1. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
2. Intempol, organização de Octavio Aragão (2000)
3. A espinha dorsal da memória, de Bráulio Tavares (1989)
4. O dia da nuvem, de Fausto Cunha (1980)
5. Diário da guerra de São Paulo, de Fernando Bonassi(2007)

Luiz Bras
1. Santa Clara Poltergeist, de Fausto Fawcett (1991)
2. Mnemomáquina, de Ronaldo Bressane (2014)
3. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
4. Amorquia, de André Carneiro (1991)
5. Os melhores contos brasileiros de ficção científica, organização de Roberto de Sousa Causo (2007)

Marcia Olivieri
1. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
2. Eles herdarão a Terra, de Dinah Silveira de Queiroz (1960)
3. Diário da nave perdida, de André Carneiro (1963)
4. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
5. Três meses no século 81, de Jeronymo Monteiro (1947)

Miguel Carqueija
1. Os bruzundangas, de Lima Barreto (1922)
2. Fuga para parte alguma, de Jeronymo Monteiro (1961)
3. 9225, de Sylvia Regina (1989)
4. Três meses no século 81, de Jeronymo Monteiro (1947)
5. Dário da nave perdida, de André Carneiro (1963)

Mustafá Ali Kanso
1. Confissões do inexplicável, de André Carneiro (2007)
2. Amorquia, de André Carneiro (1991)
3. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
4. A máquina de Hyeronimus, de André Carneiro (1991)
5. Piscina Livre, de André Carneiro (1980)

Octavio Aragão
1. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1996)
2. Tempos de fúria, de Carlos Orsi (2005)
3. A máquina de Hyeronimus, de André Carneiro (1997)
4. Piritas siderais, de Guilherme Kujawski (1994)
5. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)

Ramiro Giroldo
1. Amorquia, de André Carneiro (1991)
2. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
3. As noites marcianas, de Fausto Cunha (1960)
4. O diálogo dos mundos, de Rubens Teixeira Scavone (1961)
5. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)

Ricardo Celestino
1. Favelost, de Fausto Fawcett (2012)
2. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
3. Piritas siderais, de Guilherme Kujawski (1994)
4. Distrito federal, de Luiz Bras (2014)
5. Caçador cibernético da rua 13, de Fabio Kabral (2017)

Ricardo Santos
1. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
2. Método prático da guerrilha, de Marcelo Ferroni (2010)
3. Encruzilhada, de Lúcio Manfredi (2015)
4. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyolla Brandão (1981)
5. Fábulas do tempo e da eternidade, de Cristina Lasaitis (2008)

Roberto de Sousa Causo
1. A Amazônia misteriosa, de Gastão Cruls (1925)
2. Três meses no século 81, de Jeronymo Monteiro (1947)
3. O 31º peregrino, de Rubens Teixeira Scavone (1993)
4. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (2008)
5. A lição de anatomia do temível Dr. Louison, de Enéias Tavares (2014)

Rodrigo van Kampen
1. Filhos do fim do mundo, de Fábio Barreto (2013)
2. Metanfetaedro, de Alliah (2012)
3. Universo desconstruído, organização de Lady Sybylla e Aline Valek (2013)
4. A torre acima do véu, de Roberta Spindler (2014)
5. As cidades indizíveis, organização de Fábio Fernandes e Nelson de Oliveira (2011)

Romeu Martins
1. O alienista, de Machado de Assis (1882)
2. O sorriso do lagarto, de João Ubaldo Ribeiro (1989)
3.  Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
4.  A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
5. Steampunk: histórias de um passado extraordinário, organização de Gianpaolo Celli (2009)

Ronaldo Bressane
1. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
2. Santa Clara Poltergeist, de Fausto Fawcett (1991)
3. Piritas siderais, de Guilherme Kujawski (1994)
4. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
5. Sozinho no deserto extremo, de Luiz Bras (2012)

Sid Castro
1. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
2. Glória sombria, de Roberto de Sousa Causo (2013)
3. Portal Fahrenheit, organização de Nelson de Oliveira (2010)
4. A República 3000, de Menotti del Picchia (1930)
5. Dieselpunk, organização de Gerson Lodi-Ribeiro (2011)

Silvio Alexandre
1. Três meses no século 81, de Jeronymo Monteiro (1947)
2. Antologia brasileira de ficção científica, organização de Gumercindo Rocha Dorea (1961)
3. Amorquia, de André Carneiro (1991)
4. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
5. Outras histórias, de Gerson Lodi-Ribeiro (1997)

Tiago Castro
1. Fome, de Tibor Moricz (2008)
2. Os reis do Rio, de Rafael Lima (2012)
3. Fábulas do tempo e da eternidade, de Cristina Lasaitis (2008)
4. Espada da galáxia, de Marcelo Cassaro (1995)
5. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)

Tibor Moricz
1. Amorquia, de André Carneiro (1991)
2. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
4. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
3. O par, de Roberto de Sousa Causo (2008)
5. Interface com o vampiro, de Fábio Fernandes (2000)