Back in the USSR

Back in the USSR

Fábio Fernandes
Patuá Editora
224 páginas
Lançado em 2019

O sofisticado Método Frankenstein de Ressurreição®, desenvolvido pelo doutor Victor Frankenstein na Suíça, em 1794, e patenteado dez anos depois pela empresa alemã Ewigkeit, ou simplesmente a Empresa, mudou completamente o rumo da História de nossa civilização. Agora é possível ressuscitar qualquer falecido nas primeiras horas após sua morte, ou seja, antes do início da degeneração celular, preferencialmente antes do rigor mortis.

Utilizado em larga escala, o Método® beneficia praticamente todas as classes sociais. Reis, príncipes, magnatas, pop stars e também gente comum são ressuscitados cotidianamente. Só não é trazido de volta à vida as pessoas que, por razões filosóficas ou religiosas, assinam previamente um termo proibindo a ressurreição. John Lennon é uma dessas pessoas. A ressurreição nunca lhe interessou. Depois que o maluco do Mark Chapman o assassinou com cinco tiros a curta distância, em frente ao edifício Dakota, o esperado era que Lennon permanecesse pra sempre mortinho da silva. Mas Lennon ressuscitou. Ou pior, foi ressuscitado contra a sua vontade.

Nas orelhas do livro, o escritor Santiago Santos resume muito bem o contexto delirante desse thriller surrealista de Fábio Fernandes:

Aqui, os Estados Unidos não se tornaram uma grande potência depois da Segunda Guerra Mundial. Porque ela não aconteceu, e o país se dividiu em três. Como resultado, a Rússia, parte da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, onde os Bea­tles fizeram o seu melhor show nos anos 60, protagoniza a Guerra Fria com outra potência: a República de Weimar, formada por Alemanha, Áustria e Luxemburgo.

Não é só isso que causa bastante estranheza.

Há uma base secreta que estuda a vida alienígena, chamada Área 71, na Islândia. A Semana de Arte Moderna no Brasil aconteceu em 1925 e viu surgir o Manifesto necrofágico. Lee Harvey Oswald assassinou o presidente Truman. Ringo nunca tocou bateria nos Beatles. Cortázar escreveu O jogo de xadrez, Wells escreveu A ilha do dr. Favreau, Beckett escreveu Esperando Fausto e Bioy Casares escreveu A invenção de Frankenstein. Este último não por acaso, pois o cientista Victor Frankenstein realmente existiu.

O romance que Mary Shelley publicou é na verdade a biografia do homem mais importante da história moderna.

O famoso experimento que cria o monstro de retalhos humanos e energia elétrica é aperfeiçoado pela Ewigkeit, empresa alemã que patenteia em 1815 a Ressurreição®, ou o Método Frankenstein®. Um século mais tarde, durante a Grande Guerra, o método se populariza de vez e altera as ramificações históricas.

As pessoas podem voltar à vida. Não é à toa que Marx dedica um capítulo à empresa em seu O capital, ou que Baudrillard e Foucault se dediquem aos desdobramentos filosóficos dessa nova ciência, ou que Hitler nunca passe de um soldado raso.

Fato é que após o assassinato Lennon está vivo. E envolvido num intrincado jogo de espionagem industrial nesse mundo eletrificado de Fábio Fernandes, autor que há décadas vem estabelecendo quebra-cabeças literários irreverentes e cativantes, cravejados de referências ao universo pop.

Fábio Fernandes é um dos autores mais importantes da ficção científica brasileira e, em minha opinião, Back in the USSR é a sua narrativa mais instigante. Porque extrapola os limites do gênero, incorporando a malandragem, a metalinguagem, a antropofagia e o tropicalismo de nossas melhores vanguardas.

Nesse romance de humor insólito, muitos arquétipos antropológicos, históricos e científicos convergem vigorosamente, expressando um painel tragicômico de nossa milenar busca pela imortalidade.

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Luiz Bras é ficcionista e ensaísta, autor de Distrito federal, entre outros livros.

Páginas do futuro

Páginas do futuro

Seleção e apresentação de Braulio Tavares
Ilustrações de Romero Cavalcanti
Editora Casa da Palavra
152 páginas
Lançado em 2011

Qual a cara da ficção científica brasileira? Quem são seus principais escritores no território nacional? Em que pé ela se encontra hoje?

Sem a pretensão de dar uma resposta definitiva para estas perguntas, ou mesmo constituir um cânone literário nacional, o escritor e especialista no tema, Braulio Tavares, no ano de 2011 reuniu alguns dos mais representativos contos produzidos por estas bandas.

Desde Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), passando pelo modernista Oswald Beresford (?-1924), e chegando até o camaleônico Luiz Bras (1966), são quase cento e cinquenta anos de produção literária, que permitem reconhecermos uma trajetória muito bem consolidada para o gênero no país.

Ao longo de todos os contos, percebemos que estilos e temas variam entre os vários escritores brasileiros. Mesmo assim, segundo o organizador da coletânea, duas tendências parecem ter se configurado de forma definitiva: a que trata de um espaço selvagem e a ficção de caráter mais utópico e satírico.

Através da leitura fica fácil percebermos isso ao notarmos que as duas vertentes citadas nem sempre estiveram tão distantes uma da outra. A união entre elas ocorreu com certa frequência, fosse de maneira esporádica, fosse se aproximando de forma quase simbiótica. Um casamento feliz, que traria momentos ricos para os textos, como podemos notar, por exemplo, no conto de Raquel de Queiroz.

Logo, fica claro que o riso tropical, em um futuro pós-humano, se apresenta como uma das marcas que balizam a ficção científica nacional, contrastando com um caráter mais duro quando comparada com outras correntes, como aquelas desenvolvidas com maestria no mundo anglo-saxão.

Ora, se entre ingleses e americanos o pessimismo e uma certa visão apocalíptica delineiam enredos, por outro lado um certo olhar crítico-mordaz sobre nosso futuro-presente parece estar sempre ali na ficção científica à brasileira. Uma suposição para isso: talvez a herança lusitana (sem a melancolia que caracteriza os portugueses) de criticar tudo e todos. Outra: o retrato das contínuas instabilidades políticas e dos surtos econômicos pelos quais o Brasil de tempos em tempos atravessa. Em suma, uma questão ainda em aberto.

De qualquer forma, os doze escritores reunidos permitem constatarmos que na ficção científica brasileira existe uma busca constante pela leveza nos assuntos tratados. Os conteúdos insólitos e distópicos são apresentados em todos os contos com uma prosa fluída, que prende a atenção do leitor do começo ao fim.

Ao mesmo tempo, na obra, notamos uma paisagem ficcional por demais masculina, onde conflitos e temas do mundo do homem são o contexto, o pano de fundo das histórias. A presença de apenas duas autoras mulheres (Rachel de Queiroz e Finisia Fideli) parece mais como uma tentativa de escapar destes enfoques. Interessante notar que, no texto de Finisia, aspectos da religião oriental contemporânea aparecem como fio condutor de sua trama, o que a aproxima dos leitores atuais. Talvez esteja aí um dos desafios para uma futura nova coletânea. Encontrar vozes femininas, mas também da comunidade LGBT, com contextos religiosos variados, que ampliem o escopo multiétnico e multivocal da ficção científica.

Por fim, como uma sugestão para o leitor, proponho uma pequena brincadeira. Em todo início de conto, Braulio Tavares apresenta uma pequena biografia do escritor, que permite situar a obra no tempo e no espaço. Sugiro que não leia e parta direto para o conto. Tente imaginar, ao final da leitura, se você consegue situar cronologicamente o período de produção do conto. Depois, monte uma tabela com sua tentativa e compare com o sumário. Alguns serão facilmente datados, outros nem tanto. Se tiver tempo, mande o resultado por e-mail, para vermos como você se saiu.

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Tobias Vilhena é arqueólogo e ficcionista, e um dos autores da coletânea Eros ex machina, sobre robôs sexuais.

Os dias da peste

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Fábio Fernandes
Tarja Editorial
184 páginas
Lançado em 2009

Ficção científica decididamente não é o meu forte. Em termos numéricos, Os dias da peste foi o segundo romance do gênero a passar pelas minhas mãos calejadas de romances policiais, e antes dele houve apenas o Neuromancer. Uma coisa meio que levou à outra, já que os dois livros, além de certas semelhanças temáticas, têm outra coisa em comum: Fábio Fernandes. O professor da PUC-SP e pesquisador de cibercultura foi o tradutor do clássico de William Gibson e autor da obra aqui resenhada. Obra essa que trata principalmente da relação homem-máquina, um tema já explorado exaustivamente na ficção científica (não é preciso ser especialista para saber disso), mas aparentemente ainda não esgotado.

Dividido em três partes e abrangendo um período que vai de 2010 a 2016, o romance é todo composto por relatos de Artur, professor universitário e técnico em informática, compilados na forma de posts num blog, notas feitas a mão e um podcast. O ponto de partida é uma crise que vem alarmando todo o planeta: os computadores estão enlouquecendo. Executam comandos sem receber ordens, xingam seus donos, recusam-se a desligar. De alguma forma, as máquinas parecem estar tentando se comunicar com os humanos, o que só pode significar uma coisa: elas estão adquirindo consciência.

Como a humanidade se comportaria frente a um acontecimento dessas proporções? Que espécie de existência teriam os computadores? Ainda nos serviriam ou a relação entre as duas raças ficaria avariada agora que as máquinas podem pensar? Fábio Fernandes explora esses temas com o nível de seriedade necessário para tornar a história crível, mas sem levar-se a sério demais, alcançando um saudável equilíbrio que transforma Os dias da peste em boa literatura de entretenimento. A narração é ágil e despojada, o que combina com a ideia do blog e do podcast como plataformas iniciais de publicação dos diários de Artur − e a própria compilação deles no formato de livro tem um motivo detalhado logo nas primeiras páginas, numa das sacadas mais criativas do autor.

A divisão do romance funciona bem no sentido de criar expectativa em relação ao futuro. Cada uma das três partes compreende um determinado período de tempo durante o qual o mundo está se reorganizando perante a nova condição dos computadores. Os novos rumos da sociedade se tornam cada vez mais imprevisíveis à medida que a relação entre homem e máquina vai se estreitando, e diante disso é impossível não ficar se perguntando a cada página o que virá a seguir. O futuro criado por Fábio é fascinante por seus incríveis desdobramentos e, naturalmente, alarmante pelo mesmo motivo.

E lá está Artur, com seu blog, seu podcast, seus problemas com a balança, suas crises. Grande fã de ficção científica, escritor frustrado, ele tenta lidar com o novo. Detalhar sua participação nos eventos narrados seria estragar algumas das surpresas da trama, basta dizer que seu desenvolvimento se confunde com o da própria sociedade em que está inserido. Particularmente na terceira e última parte (o podcast), mais sombria em comparação com as outras, isso se mostra de maneira mais clara. E é também quando a história atinge seu clímax, bastante previsível (como já falei, não é um tema original), mas satisfatório, honrando todo o desenvolvimento.

Os dias da peste apresenta alguns poucos elementos que não me agradaram − em especial, as constantes pausas para explicações ou piadinhas entre parênteses −, mas nada que comprometa o resultado final. Por aqui, aguardo com ansiedade pela continuação, Os anos do silício.

Josué de Oliveira é assistente de edições digitais na editora Intrínseca.

Os livros brasileiros de ficção científica mais importantes

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Com o propósito de compor uma bibliografia básica da ficção científica brasileira, endereçada a qualquer leitor ou escritor que não conheça nada dessa tradição com mais de um século de existência, provoquei vários colegas de ofício com a seguinte pergunta:

Em sua opinião, quais são os cinco livros brasileiros de ficção científica mais importantes?

As indicações abaixo começam a desenhar o paideuma da FC brasuca. Mas esse resultado é parcial, pois a enquete ainda não terminou. Se você não enviou sua lista, agora é a hora.

Alvaro Domingues
1. Piscina Livre, de André Carneiro (1980)
2. A cidade perdida, de Jeronymo Monteiro (1948)
3. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
4. Páginas do futuro, organização de Braulio Tavares (2012)
5. O grito do sol sobre a cabeça, de Brontops Baruq (2012)

Ana Cristina Rodrigues
1. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
2. O doutor Benignus, de Augusto Emílio Zaluar (1875)
3. Eles herdarão a Terra, de Dinah Silveira de Queiroz (1960)
4. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
5. A lição de anatomia do temível dr. Louison, de Enéias Tavares (2014)

Ana Lúcia Merege
1. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
2. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
3. Os dias da peste, de Fábio Fernandes (2009)
4. Dieselpunk, organização de Gerson Lodi-Ribeiro (2011)
5. O esplendor, de Alexey Dodsworth (2016)

André Cáceres
1. Histórias do acontecerá, organização de Gumercindo Rocha Dórea (1961)
2. Santa Clara Poltergeist, de Fausto Fawcett (1991)
3. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
4. Distrito federal, de Luiz Bras (2014)
5. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)

Ataíde Tartari
1. Páginas do futuro, organização de Braulio Tavares (2012)
2. Todos os portais, organização de Nelson de Oliveira (2012)
3. O fruto maduro da civilização, de Ivan Carlos Regina (1993)
4. A máquina de Hyeronimus, de André Carneiro (1997)
5. Estranhos contatos, organização de Roberto de Sousa Causo (1998)

Braulio Tavares
1. As noites marcianas, de Fausto Cunha (1960)
2. Histórias do acontecerá, organização de Gumercindo Rocha Dórea (1961)
3. Além do tempo e do espaço, organização de Álvaro Malheiros (1965)
4. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
5. O vampiro de Nova Holanda, de Gerson Lodi-Ribeiro (1998)

Brontops Baruq
1. Diário da Guerra de São Paulo, de Fernando Bonassi (2007)
2. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
3. Sozinho no deserto extremo, de Luiz Bras (2012)
4. Caçador de apóstolos, de Leonel Caldela (2010)
5. O homem fragmentado, de Tibor Moricz (2014)

Bruno Anselmi Matangrano
1. Páginas do futuro, organização de Braulio Tavares (2012)
3. O doutor Benignus, de Augusto Emilio Zaluar (1875)
2. A lição de anatomia do temível Dr. Louison, de Enéias Tavares (2014)
4. As águas-vivas não sabem de si, de Aline Valek (2016)
5. A República 3000, de Menotti del Picchia (1930)

Caio Bezarias
1. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
2. Fome, de Tibor Moricz (2008)
3. Fábulas do tempo e da eternidade, de Cristina Lasaitis (2008)
4. Os melhores contos brasileiros de ficção científica, organização de Roberto de Sousa Causo (2007)
5. O alienista, de Machado de Assis (1881)

Carlos Angelo
1. Projeto Evolução, de Henrique Villibor Flory (1990)
2. Linha terminal, de Jorge Luiz Calife (1991)
3. Horizonte de eventos, de Jorge Luiz Calife (1986)
4. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
5. Fuga para parte alguma, de Jeronymo Monteiro (1961)

Carlos Orsi
1. Intempol, organização de Octavio Aragão (2000)
2. Histórias de Carla Cristina Pereira, de Gerson Lodi-Ribeiro (2012)
3. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
4. Piscina Livre, de André Carneiro (1980)
5. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)

Cesar Silva
1. O alienista, de Machado de Assis (1881)
2. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
3. O doutor Benignus, de Augusto Emilio Zaluar (1875)
4. Tangentes da realidade, de Jeronymo Monteiro (1969)
5. Diário da nave perdida, de André Carneiro (1963)

Claudia Dugim
1. Sankofia, de Lu Ain Zaila (2018)
2. Fábulas do tempo e da eternidade, de Cristina Lasaitis (2008)
3. O esplendor, de Alexey Dodsworth (2016)
4. A torre acima do véu, de Roberta Spindler (2014)
5. Solarpunk, organização de Gerson Lodi-Ribeiro (2012)

Cláudia Oliveira
1. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
2. As cidades indizíveis, organização de Fábio Fernandes e Nelson de Oliveira (2011)
3. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
4. Universo desconstruído, organização de Lady Sybylla e Aline Valek (2013)
5. Eles herdarão a Terra, de Dinah Silveira de Queiroz (1960)

Davenir Viganon
1. Santa Clara Poltergeist, de Fausto Fawcett (1991)
2. A lição de anatomia do temível Dr. Louison, de Enéias Tavares (2014)
3. Os dias da peste, de Fábio Fernandes (2009)
4. O alienista, de Machado de Assis (1881)
5. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)

Dorva Rezende
1. A espinha dorsal da memória / Mundo fantasmo, de Braulio Tavares (1996)
2. Piscina Livre, de André Carneiro (1980)
3. Comba Malina, de Dinah Silveira de Queiroz (1969)
4. Tempos de fúria, de Carlos Orsi (2005)
5. A Terceira Expedição, de Daniel Fresnot (1987)

Fábio Fernandes
1. Santa Clara Poltergeist, de Fausto Fawcett (1991)
2. Piritas siderais, de Guilherme Kujawski (1994)
3. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
4. Zigurate, de Max Mallmann (2003)
5. A Terceira Expedição, de Daniel Fresnot (1987)

Gerson Lodi-Ribeiro
1. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
2. Os dias da peste, de Fábio Fernandes (2009)
3. Guerra justa, de Carlos Orsi (2010)
4. E de extermínio, de Cirilo Lemos (2015)
5. O esplendor, de Alexey Dodsworth (2016)

Gianpaolo Celli
1. Antologia FCdoB 2006-2007, organização de Pedro Rangel (2007)
2. Portal Solaris, organização de Nelson de Oliveira (2008)
3. Retrofuturismo, organização de Romeu Martins e Gianpaolo Celli (2012)
4. A mão que cria, de Octávio Aragão (2006)
5. Fábulas do tempo e da eternidade, de Cristina Lasaitis (2008)

Ivo Heinz
1. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
2. Intempol, organização de Octavio Aragão (2000)
3. A espinha dorsal da memória, de Bráulio Tavares (1989)
4. O dia da nuvem, de Fausto Cunha (1980)
5. Diário da guerra de São Paulo, de Fernando Bonassi(2007)

Luiz Bras
1. Santa Clara Poltergeist, de Fausto Fawcett (1991)
2. Mnemomáquina, de Ronaldo Bressane (2014)
3. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
4. Amorquia, de André Carneiro (1991)
5. Os melhores contos brasileiros de ficção científica, organização de Roberto de Sousa Causo (2007)

Marcia Olivieri
1. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
2. Eles herdarão a Terra, de Dinah Silveira de Queiroz (1960)
3. Diário da nave perdida, de André Carneiro (1963)
4. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
5. Três meses no século 81, de Jeronymo Monteiro (1947)

Miguel Carqueija
1. Os bruzundangas, de Lima Barreto (1922)
2. Fuga para parte alguma, de Jeronymo Monteiro (1961)
3. 9225, de Sylvia Regina (1989)
4. Três meses no século 81, de Jeronymo Monteiro (1947)
5. Dário da nave perdida, de André Carneiro (1963)

Mustafá Ali Kanso
1. Confissões do inexplicável, de André Carneiro (2007)
2. Amorquia, de André Carneiro (1991)
3. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
4. A máquina de Hyeronimus, de André Carneiro (1991)
5. Piscina Livre, de André Carneiro (1980)

Octavio Aragão
1. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1996)
2. Tempos de fúria, de Carlos Orsi (2005)
3. A máquina de Hyeronimus, de André Carneiro (1997)
4. Piritas siderais, de Guilherme Kujawski (1994)
5. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)

Ramiro Giroldo
1. Amorquia, de André Carneiro (1991)
2. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
3. As noites marcianas, de Fausto Cunha (1960)
4. O diálogo dos mundos, de Rubens Teixeira Scavone (1961)
5. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)

Ricardo Celestino
1. Favelost, de Fausto Fawcett (2012)
2. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
3. Piritas siderais, de Guilherme Kujawski (1994)
4. Distrito federal, de Luiz Bras (2014)
5. Caçador cibernético da rua 13, de Fabio Kabral (2017)

Ricardo Santos
1. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
2. Método prático da guerrilha, de Marcelo Ferroni (2010)
3. Encruzilhada, de Lúcio Manfredi (2015)
4. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyolla Brandão (1981)
5. Fábulas do tempo e da eternidade, de Cristina Lasaitis (2008)

Roberto de Sousa Causo
1. A Amazônia misteriosa, de Gastão Cruls (1925)
2. Três meses no século 81, de Jeronymo Monteiro (1947)
3. O 31º peregrino, de Rubens Teixeira Scavone (1993)
4. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (2008)
5. A lição de anatomia do temível Dr. Louison, de Enéias Tavares (2014)

Rodrigo van Kampen
1. Filhos do fim do mundo, de Fábio Barreto (2013)
2. Metanfetaedro, de Alliah (2012)
3. Universo desconstruído, organização de Lady Sybylla e Aline Valek (2013)
4. A torre acima do véu, de Roberta Spindler (2014)
5. As cidades indizíveis, organização de Fábio Fernandes e Nelson de Oliveira (2011)

Romeu Martins
1. O alienista, de Machado de Assis (1882)
2. O sorriso do lagarto, de João Ubaldo Ribeiro (1989)
3.  Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
4.  A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
5. Steampunk: histórias de um passado extraordinário, organização de Gianpaolo Celli (2009)

Ronaldo Bressane
1. Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão (1981)
2. Santa Clara Poltergeist, de Fausto Fawcett (1991)
3. Piritas siderais, de Guilherme Kujawski (1994)
4. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
5. Sozinho no deserto extremo, de Luiz Bras (2012)

Sid Castro
1. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
2. Glória sombria, de Roberto de Sousa Causo (2013)
3. Portal Fahrenheit, organização de Nelson de Oliveira (2010)
4. A República 3000, de Menotti del Picchia (1930)
5. Dieselpunk, organização de Gerson Lodi-Ribeiro (2011)

Silvio Alexandre
1. Três meses no século 81, de Jeronymo Monteiro (1947)
2. Antologia brasileira de ficção científica, organização de Gumercindo Rocha Dorea (1961)
3. Amorquia, de André Carneiro (1991)
4. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
5. Outras histórias, de Gerson Lodi-Ribeiro (1997)

Tiago Castro
1. Fome, de Tibor Moricz (2008)
2. Os reis do Rio, de Rafael Lima (2012)
3. Fábulas do tempo e da eternidade, de Cristina Lasaitis (2008)
4. Espada da galáxia, de Marcelo Cassaro (1995)
5. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)

Tibor Moricz
1. Amorquia, de André Carneiro (1991)
2. A espinha dorsal da memória, de Braulio Tavares (1989)
4. Padrões de contato, de Jorge Luiz Calife (1985)
3. O par, de Roberto de Sousa Causo (2008)
5. Interface com o vampiro, de Fábio Fernandes (2000)